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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A Bela e a Fera

Adaptado dos contos dos irmãos Grimm

Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas
três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso
era chamada de "BELA".
Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as
suas filhas e disse:
— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei
presentes. O que vocês querem? - As irmãs de Bela pediram
presentes caros, enquanto ela permanecia quieta.
O pai se voltou para ela, dizendo :
— E você, Bela, o que quer ganhar?
— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não
crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.
O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para
a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por
muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando,
a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por
furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho.
Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de
repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe
restavam dirigiu-se para aquela última esperança.
Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e
acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu
entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. Ointerior,
realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de
maneira esquisita.
O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e
percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e
vinho delicioso.
Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois
pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma
grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou,
adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas
limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai
de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não
havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira
com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela. Parou
e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um
rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:
— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as
minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te!
O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos
deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs,
então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma
de suas filhas em seu lugar.
Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos
pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela
aproximou-se dele e lhe disse:
— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É
justo que eu vá...
De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida.
Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino.
Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia
descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva.
Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa,
quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição
com caracteres dourados: "Apartamento de Bela".
Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e
esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim.
Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta.
Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada,
retornou e fugiu através da salas. Alcançada a última, percebeu
que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar
piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e
suplicante lhe disse:
— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo ; mas não
sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te
agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes, honrar-me
com tua presença no jantar.
Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, bela consentiu e ao
fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada.
Passaram juntos muitas semanas e Bela cada dia se sentia
afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil,
culto e educado.
Uma tarde , a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:
— Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que
me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo?
A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para
ganhar tempo, disse:
— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir
conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo!
A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela
que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias
voltaria.
Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos,
pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e
a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que
acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu
que já haviam transcorridos bem mais de sete.
Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira.
Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio.
Perto da roseira encontrou a Fera que morria.
Então, Bela a abraçou forte, dizendo:
— Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só
uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.
Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso
radioso e diante de grande espanto de Bela começou a
transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e
disse:
— Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo
monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e
tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora?
Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes
e apaixonados.


*Sempre gostei desta história porque ela fala de descobri a beleza interna e lá que esta a verdadeira beleza, e logico que como todo conto de fada tem um final feliz com a fera virando principe, mas tudo bem...o que e apaixonate e que ela era contadora de história e isso que fez o fera se apaixonar por ela...hummm sera que tem alguma fera por ai...hehehe.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Amostra do que Ela sabe fazer!

Vou deixar aqui amostra das beleza que a Marcia faz em um moral, por tanto se você deseja deixa sua escola mais bonita e acolhedora, e só chama esta artista e ela faz este serviço para você deixando todos que na escola ou na empresa de boca aberta.
Se deseja falar com a artista e só na página do Baú Mágico e pela seu telefone e marca sua decoração.

As 12 Princesas


Do folclore


Era uma vez um rei que tinha doze filhas
muito lindas. Dormiam em doze camas, todas no mesmo quarto; e
quando iam para a cama, as portas do quarto eram trancadas a chave
por fora. Pela manhã, porém, os seus sapatos apresentavam as solas
gastas, como se tivessem dançado com eles toda a noite; ninguém
conseguia descobrir como acontecia isso.
Então, o rei anunciou por todo o país que se alguém pudesse
descobrir o segredo, e saber onde as princesas dançavam de noite,
casaria com aquela de quem mais gostasse e seria o seu herdeiro do
trono; mas quem tentasse descobrir isso, e ao fim de três dias e
três noites não o conseguisse, seria morto.
Apresentou-se logo o filho de um rei. Foi muito bem recebido e à
noite levaram-no para o quarto ao lado daquele onde as princesas
dormiam nas suas doze camas.
Ele tinha que ficar sentado para ver onde elas iam dançar; e,
para que nada se passasse sem ele ouvir, deixaram-lhe aberta a
porta do quarto. Mas o rapaz daí a pouco adormeceu; e, quando
acordou de manhã, viu que as princesas tinham dançado de noite,
porque as solas dos seus sapatos estavam cheias de buracos. O
mesmo aconteceu nas duas noites seguintes e por isso o rei ordenou
que lhe cortassem a cabeça. Depois dele vieram vários outros;
nenhum teve melhor sorte, e todos perderam a vida da mesma
maneira.
Ora, um ex-soldado, que tinha sido ferido em combate e já não
mais podia guerrear, chegou ao país. Um dia, ao atravessar uma
floresta, encontrou uma velha, que lhe perguntou aonde ia.
— Quero descobrir onde é que as princesas dançam, e assim,
mais tarde, vir a ser rei.
— Bem, disse a velha, - isso não custa muito. Basta que
tenhas cuidado e não bebas do vinho que uma das princesas te
trouxer à noite. Logo que ela se afastar, deves fingir estar
dormindo profundamente.
E, dando-lhe uma capa, acrescentou:
— Logo que puseres esta capa tornar-te-ás invisível e
poderás seguir as princesas para onde quer que elas forem.
Quando o soldado ouviu estes conselhos, foi ter com o rei, que
ordenou lhe fossem dados ricos trajes; e, quando veio a noite,
conduziram-no até o quarto de fora. Quando ia deitar-se, a mais
velha das princesas trouxe-lhe uma taça de vinho, mas o soldado
entornou-a toda sem ela o perceber. Depois estendeu-se na cama, e
daí a pouco pôs-se a ressonar como se estivesse dormindo. As doze
princesas puseram-se a rir, levantaram-se, abriram as malas, e,
vestindo-se esplendidamente, começaram a saltitar de contentes,
como se já se preparassem para dançar. A mais nova de todas,
porém, subitamente preocupada, disse:
— Não me sinto bem. Tenho certeza de que nos vai suceder
alguma desgraça.
— Tola!, replicou a mais velha. Já não te lembras de
quantos filhos de rei nos têm vindo espiar sem resultado? E,
quanto ao soldado, tive o cuidado de lhe dar a bebida que o fará
dormir.
Quando todas estavam prontas, foram espiar o soldado, que
continuava a ressonar e estava imóvel. Então julgaram-se seguras;
e a mais velha foi até a sua cama e bateu palmas: a cama enfiou-se
logo pelo chão abaixo, abrindo-se ali um alçapão. O soldado viu-as
descer pelo alçapão, uma atrás das outra. Levantou-se, pôs a capa
que a velha lhe tinha dado, e seguiu-as. No meio da escada,
inadvertidamente, pisou a cauda do vestido da princesa mais nova,
que gritou às irmãs:
— Alguém me puxou pelo vestido!
—Que tola!, disse a mais velha. Foi um prego da parede.
Lá foram todas descendo e, quando chegaram ao fim, encontraram-se
num bosque de lindas árvores. As folhas eram todas de prata e
tinham um brilho maravilhoso. O soldado quis levar uma lembrança
dali, e partiu um raminho de uma das árvores.
Foram ter depois a outro bosque, onde as folhas das árvores eram
de ouro; e depois a um terceiro, onde as folhas eram de diamantes.
E o soldado partiu um raminho em cada um dos bosques. Chegaram
finalmente a um grande lago; à margem estavam encostados doze
barcos pequeninos, dentro dos quais doze príncipes muito belos
pareciam à espera das princesas.
Cada uma das princesas entrou em um barco, e o soldado saltou
para onde ia a mais moça. Quando iam atravessando o lago, o
príncipe que remava o barco da princesa mais nova disse:
—Não sei por que é, mas apesar de estar remando com quanta
força tenho, parece-me que vamos mais devagar do que de costume. O
barco parece estar hoje muito pesado.
—Deve ser do calor do tempo, disse a jovem princesa.
Do outro lado do lago ficava um grande castelo, de onde vinha um
som de clarins e trompas. Desembarcaram todos e entraram no
castelo, e cada príncipe dançou com a sua princesa; o soldado
invisível dançou entre eles, também; e quando punham uma taça de
vinho junto a qualquer das princesas, o soldado bebia-a toda, de
modo que a princesa, quando a levava à boca, achava-a vazia. A
mais moça assustava-se muito, porém a mais velha fazia-a calar.
Dançaram até as três horas da madrugada, e então já os seus
sapatos estavam gastos e tiveram que parar. Os príncipes
levaram-nas outra vez para o outro lado do lago - mas desta vez o
soldado veio no barco da princesa mais velha - e na margem oposta
despediram-se, prometendo voltar na noite seguinte.
Quando chegaram ao pé da escada, o soldado adiantou-se às
princesas e subiu primeiro, indo logo deitar-se.As princesas,
subindo devagar, porque estavam muito cansadas, ouviam-no sempre
ressonando, e disseram:
—Está tudo bem.
Depois despiram-se, guardaram outra vez os seus ricos trajes,
tiraram os sapatos e deitaram-se. De manhã o soldado não disse
nada do que tinha visto, mas desejando tornar a ver a estranha
aventura, foi ainda com as princesas nas duas noites seguintes. Na
terceira noite, porém, o soldado levou consigo uma das taças de
ouro como prova de onde tinha estado.
Chegada a ocasião de revelar o segredo, foi levado à presença do
rei com os três ramos e a taça de ouro. As doze princesas
puseram-se a escutar atrás da porta para ouvir o que ele diria.
Quando o rei lhe perguntou:
—Onde é que as minhas doze filhas gastam seus sapatos de
noite?
Ele respondeu:
—Dançando com doze príncipes num castelo debaixo da terra.
Depois contou ao rei tudo o que tinha sucedido, e mostrou-lhe os
três ramos e a taça de ouro que trouxera consigo.
O rei chamou as princesas e perguntou-lhes se era verdade o que o
soldado tinha dito. Vendo que seu segredo havia sido descoberto,
elas confessaram tudo.
O rei perguntou ao soldado com qual delas ele gostaria de casar.
—Já não sou muito novo, respondeu, - por isso quero a mais
velha.
Casaram-se nesse mesmo dia e o soldado tornou-se herdeiro do
trono.
Quanto às outras princesas e seus bailes no castelo encantado...
Pelos buracos nas solas dos sapatos, elas continuam dançando até
hoje...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Foto do Encontro de Liderança

Baú Mágico animou a noite com duas peças teatrais e algumas dinâmicas, para deixa a juventude ainda mais animada, valeu a participação de todos, um grande abraço a toda juventude salesiana!


BAÚ MÁGICO!

Ai esta mais uma apresentação do Baú Mágico, no encontro de Liderança salesiana que se realizou no Cetra em Cuiabá nos dias 24 e 25 de Setembro. Coordenado pela Ir. Vânia. Obrigada Vânia por esta oportunidade de mostra o nosso trabalho. E fica o convite para quem deseja e só entra em contato e nos chamar!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A formiguinha e a Neve

Numa certa manhã de inverno uma formiga saía para o seu trabalho diário. Já ia longe procurar comida quando um floco de neve caiu, prendendo o seu pézinho. Aflita, vendo que ali poderia morrer de fome e frio, a formiga olhou para o Sol e pediu:

- Sol, tu que és tão forte, derreta a neve e desprenda o meu pézinho?

E o Sol, indiferente, respondeu:

- Mais forte que eu é o muro que me tampa.

Então a pobre formiguinha disse:

- Muro, tu que és tão forte, que tampa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho?
E o muro rapidamente respondeu:

- Mais forte que eu é o rato, que me rói.

A formiga, quase sem fôlego, perguntou:

- Rato, tu que és tão forte, que rói o muro, que tampa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pézinho?

E o rato falou bem rápido:

- Mais forte que eu é o gato que me come.

A formiga então perguntou ao gato:

- Tu que és tão forte, que come o rato, que rói o muro, que tampa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pézinho?

O gato responde sem demora:

- Mais forte que eu é o cachorro, que me persegue.

A formiguinha estava cansada e, mesmo assim, perguntou ao cachorro:

- Tu que és tão forte, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tampa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pézinho?

- Mais forte que eu é o homem, que me bate.

Pobre formiga! Quase sem força, perguntou ao homem:

- Tu que és tão forte, que bate no cachorro, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tampa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pézinho?

O homem olhou para a formiga e respondeu:

- Mais forte que eu é Deus, que tudo pode.
A formiga olhou para o céu e perguntou a Deus:

- Tu que és tão forte que tudo pode, desprenda o meu pézinho?

E Deus, que ouve todas as preces pediu à primavera que chegasse com seu carro dourado triunfal enchendo de flores os campos e de luz os caminhos, e vendo que a formiga estava quase morrendo, levou-a para um lugar onde não há inverno e nem verão e onde as flores permanecem para sempre.

*Comentário: Eu particulamente sempre gostei muito desta história, pela humildade da formiguinha, ela que ama tanto a vida não desiste de busca ajuda e quandos de nós morremos perto da prai mais não temos coragem de pedir para que o outro nos ajuda e quando fazemos se recebemos o não ai que nunca mais falamos nada. E hoje precisa de gente de coragem que saiba ir a luta e sem medo e sem vergonha.

A formiguinha cantora

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Brincadeira de roda

E uma Linda brincadeira para fazer com as crianças e ensinar o valor da poesia e verso tenho certeza que vão adora a músiquinha.


A Raposa e o Lenhador

Existiu um Lenhador viúvo que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.

Ele tinha um filho lindo, de poucos meses e uma raposa, sua
amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa
cuidando de seu filho.
Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do Lenhador alertavam que a Raposa era um bicho, um animal selvagem, e portando, não era
confiável.

Quando ela sentisse fome comeria a criança.

O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem.

A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam:

- "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho."

- "Quando sentir fome, comerá seu filho !

Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegar em casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada...

O Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa...

Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta...

O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.

Se você
confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar...

E principalmente não tome decisões precipitadas... fazemos isso praticamente todos os dias e deixamos de ser feliz.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Chapeuzinho Vermelho

Gente sei que esta história e bem conhecida, mas tenho certeza que assim pouco viram, ela contada em libras, veja que legal o jeito que esta contadora faz, para conta a história afinal toda criança merece, e nós também estamos nos preparando para isso. Para que em nossos show do "Baú Mágico" Todos podem participar.

O Castelo Amarelo

Gente este contador de história e fantastico e muito bom ver a tranquilidade que ele conta a suas história aposto que vocês gostaram, então fica ligado que vamos trazer mais dele aqui em nosso blog.

Coisa Boa Pra Você!



Para os dias que bate aquela deprê, segue algumas idéias para levantar o seu astral.
Faça um trabalho voluntário
Diga tudo para alguém
Abrace seus amigos
Use uma roupa colorida
Compre uma linda planta ou um animal e dê um nome a el@.
Tire um cochilo com a cabeça virada para o outro lado da cama
Assista uma comédia boba, daquelas que você sempre olha e diz: “eu nunca vou assistir esse filme”
Compre um caderno bem bonito e escreva um diário
Visite uma loja, passei no shopping
Comece um blog
Entra na radio e escute um estilo de música que você nunca escutou antes
Faça listas (comidas que você nunca comeu, roupas que estão faltando no seu closet, lugares que você quer conhecer, meninos que você já beijou…)
Assista os filmes que você amava quando era criança
Se fantasie
Faça um make up scandalooo
Seja otimista
Veja um musical ( mesmo que seja alugado)
Vá para uma sauna com várias revistas de moda e deixe o suor levar as energias negativas embora
Vá no cinema sozinha
Pegue uma receita na internet e tente cozinhar algo diferente.
Tome banho de rio
Fale bom dia para as pessoas na rua
Faça amizade com os vizinhos você não conhece.
Paquere na rua.
Tente falar o alfabeto enquanto escova os dentes (se possível grave)
Faça um video diário
Faça cookies e depois coma
Mude a cor do seu cabelo
Coloque uma nova arte na sua parede (quadros, posters, fotos, pinturas, desenhos…)
Pinte a unha com uma cor totalmente diferente que você está acostumada.
Aprenda a tocar um novo instrumento musical
Escreva uma carta para você mesmo, feche bem o envelope e só abra anos depois.
Compre um perfume diferente do tradicional.
Sente num café com um bom livro e observe as pessoas passar na rua
Planeje uma viagem sozinha. Arrume um mochilão e fique num albergue, você vai se surpreender com essa experiência.
Aprenda uma lingua nova
Tente uma classe de Yoga
Use um bigode de mentira o dia todo.
Programa seu próximo feriado.
Tome um banho de duas horas (faça uma massagem de creme nos cabelos, uma esfoliação no rosto e na pele, use oleos aromaticos, cremes e massagens)
Coma o melhor chocolate que você pode encontrar. Na cama, ou no banho.
Faça alguma coisa boa para alguém. Pode ser um favor, emprestar um dinheiro, ajudar a encontrar alguma coisa, dar para sua irma aquele seu vestido que ela tanto ama e ja pegou emprestado várias vezes.
Acredite que tudo vai ficar melhor
Coloque o volume no máximo e escute a música que você ama, e dance com o seu pijamas.
Passe numa livraria e compre um livro especial para lê no caminho do trabalho, no intervalo da escola, nos finais de semana ou antes de dormir.
Visite uma casa de repouso para idosos e passe a tarde conversando com alguém que quer ser ouvido
Tente fazer algum artesenato. Tem vários tutoriais na internet.
Planeje uma festa na sua casa. Não precisa ter um motivo, você pode criar algo (happy hour, chá com as amigas, festa do pijama, festa para os sagitarianos, festa do cup cake)
Faça uma lista de desejos e tente realizá-los no decorrer do ano.
Ame simplesmente ame sem nada em troca… (uma pessoa, um animal, um livro, uma música, uma poesia)
E deixo um video que eu adoro ver quando estou triste ele sempre me faz rir muito espero que há vocês também.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não Desista Nunca!

NÃO DESISTA NUNCA!
Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, dormindo apenas quatro horas por dia. Dorme ali mesmo, entre um pequeno torno e algumas ferramentas espalhadas. Para poder continuar seus negócios, empenha sua casa e as jóias da esposa.

Quando, finalmente, apresenta o resultado de seu trabalho a uma grande empresa, recebe a resposta que seu produto não atende o padrão de qualidade exigido.

O homem desiste? Não! Volta à escola por mais dois anos, sendo vítima da chacota de seus colegas e de alguns professores, que o chamam de "louco".

O homem fica ofendido? Não! Dois anos depois de haver concluído o curso de Qualidade, a empresa que o recusara finalmente fecha contrato com ele.

Seis meses depois, vem a guerra. Sua fábrica é bombardeada duas vezes. O homem se desespera e desiste? Não! Reconstrói sua fábrica, mas um terremoto novamente a arrasa.

Você pensará, é claro: bom, agora sim, ele desiste! Mais uma vez, não!

Imediatamente após a guerra há uma escassez de gasolina em todo o país e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar alimentos para sua família.

Ele entra em pânico e decide não mais continuar seus propósitos? Não!

Criativo, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem as chamadas "bicicletas motorizadas". A demanda por motores aumenta e logo ele não conseguiria atender todos os pedidos! Decide montar uma fábrica para a novíssima invenção. Como não tem capital, resolve pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia parece excelente, consegue ajuda de 3.500 lojas, as quais lhe adiantam uma pequena quantidade de dinheiro...

Hoje, a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística! Esta conquista foi possível porque o Sr. Soichiro Honda, o homem de nossa história, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.

Em nossas vidas... Quantos de nós, desistimos por muito menos? Quantas vezes o fazemos antes de enfrentar minúsculos problemas? Todas as coisas são possíveis, quando sustentadas por um sonho e valores consistentes.

Tome a decisão de um vencedor... Jamais desista!!!

Vai desistir??? Pense bem!!!! 

* O General Douglas MacArthur foi recusado na Academia Militar de West Point, não uma vez, mas duas. Quando tentou pela terceira vez, foi aceito e marchou para os livros de história.

* O superstar do basquete, Michael Jordan, foi cortado do time de basquete da escola.

* Em 1889, Rudyard Kipling, famoso escritor e poeta, recebeu a seguinte resposta do jornal San Francisco Examiner : "Lamentamos muito, Sr. Kipling, mas o senhor não sabe usar a língua inglesa."

* Winston Churchill repetiu a sexta série. Veio a ser primeiro ministro da Inglaterra somente aos 62 anos de idade, depois de uma vida de perdas e recomeços. Sua maior contribuição aconteceu quando já era um "cidadão idoso".

* Os pais do famoso cantor de ópera italiano, Enrico Caruso, queriam que ele fosse engenheiro. Seu professor disse que ele não tinha voz e jamais seria cantor.

* Albert Einstein não sabia falar até os 4 anos de idade, e só aprendeu a ler aos 7. Sua professora o qualificou como "mentalmente lerdo, não-sociável e sempre perdido em devaneios tolos". Foi expulso da escola e não foi admitido na Escola Politécnica de Zurique.

* Louis Pasteur foi um aluno medíocre na escola. Dentre 22 alunos, ficava em 15° lugar.

* Em 1944, Emmeline Snively, diretora da agência de modelos Blue Book Modeling, disse à candidata Norman Jean Baker ( Marilyn Monroe) : "É melhor você fazer um curso de secretariado, ou arrumar um marido. "

* Ao recusar um grupo de rock inglês chamado The Beatles, um executivo da Decca Recording Company disse : "Não gostamos do som. Esses grupos de guitarra já eram."

* Em 1954, Jimmy Denny, gerente do Grand Ole Opry, despediu Elvis Presley no fim da primeira apresentação, dizendo : "Você não tem a menor chance, meu filho. Melhor continuar motorista de caminhão. "

* Quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, em 1876, não tocou o coração de financiadores com o aparelho. O Presidente Rutheford Hayes disse: "É uma invenção extraordinária, mas quem vai querer usar isso ?"

* Rafer Johnson, campeão de decatlo, nasceu com um pé torto.

* Thomas Edison fez duas mil experiências para conseguir inventar a lâmpada. Um jovem repórter perguntou o que ele achava de tantos fracassos. Edison respondeu : "Não fracassei nenhuma vez. Inventei a lâmpada. Acontece que foi um processo de 2.000 passos."

* Aos 46 anos, após anos de perda progressiva da audição, o compositor alemão Ludwig van Beethoven ficou completamente surdo. No entanto, compôs boa parte de sua obra, incluindo três sinfonias, em seus últimos anos.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

QUEM TEM MEDO DO RIDÍCULO?

 Rute Rocha
Todo mundo tem seus medos
De escuro ou de furacão.
De cachorro ou de galinha.
De polícia ou de ladrão.
Mas o medo mais terrível
É de fazer, de repente,
Um papel muito ridículo
No meio de toda gente.
Ridículo dá mais medoDo que cair de avião,
Do que dar trombada em avião,
Do que tiro de canhão.
Dá mais medo que fantasma,
Mais medo até que dentista.
Mais que cair de cabeça,
Que trombar com terrorista!
Imagine ir numa festa
Com a turma lá da escola.
Sua mãe bota em você
Sua roupa mais frajola...
Calça comprida, sapato,
Cabelo bem penteado.
Camisa com colarinho
E um paletó alinhado!
Quando você chega e vê
A turma do jeans rasgado.
De camisa e boné
E tênis bem desbotado...
É coisa de apavorar,A vida da gente estraga...
Dá vontade de matar!
Que mico que a gente paga!
Outra coisa que apavora,
Que nos dá muita aflição,
É em dia de sabatina
Não sabermos a lição...
A gente em frente da classe,
Com uma cara de bocó...
Sem saber coisa nenhuma...
Ridículo de dar dó!
Mas as vezes dá mais medo
De saber uma lição
Que a classe inteira não sabe.
Você banca o caretão!
E veja se não dá medo,
De vez em quando, na escola,
Todo mundo está falando,
Não está dando a menor bola...
No meio do barulhão
De repente a gente fala.
E neste mesmo momento
A classe inteira se cala.
Sua voz sai esquisista,
Com um jeito muito infeliz,
E quase sempre é besteira
Aquilo que a gente diz.
Quando a gente está com a turma
E a mãe da gente aparece,

Às vezes é o maior mico
Que a gente paga e não esquece!
A gente gosta do irmão
Ainda mais pequenino.
Mas às vezes dá vergonha
Carregar nosso irmãozinho!
No meio de uma conversa
Causa grande sofrimento
Não conseguir segurar,
Soltar um pum barulhento...
Soltar um pum é natural
Que qualquer pessoa faz.
Mas conforme a situação
É ridículo demais!
Se pensarmos um bocado
Chegamos à conclusão
Que ridículos são todos:
Depende da ocasião!
Por isso cada um de nósSerá ridículo quandoFicar muito preocupado
Com que os outros estão pensando!
 Rute Rocha

*Comentário : Isso acontece com a gente todo dia e toda hora, vivemos mais para as outras pessoas do que para nós mesmo. Sempre deixamos de fazer algo imaginando o que o outro vai pensar e falar. E acabamos que nem vivermos somente sobrevivemos. E isso e triste.
 

O Velho, o Menino e o Burro

Um velho resolveu vender seu burro na feira da cidade. Como iria retornar andando, chamou seu neto para acompanhá-lo. Montaram os dois no animal e seguiram viagem.
Passando por umas barracas de escoteiros, escutaram os comentários críticos; "Como é que pode, duas pessoas em cima deste pobre animal!".
Resolveram então que o menino desceria, e o velho permaneceria montado. Prosseguiram...
Mais na frente tinha uma lagoa e algumas velhas estavam lavando roupa. Quando viram a cena, puseram-se a reclamar; " Que absurdo ! Explorando a pobre criança, podendo deixá-la em cima do animal." Constrangidos com o ocorrido, trocaram as posições, ou seja, o menino montou e o velho desceu.
Tinham caminhado alguns metros, quando algumas jovens sentadas na calçada externaram seu espanto com o que presenciaram; "Que menino preguiçoso ! Enquanto este velho senhor caminha, ele fica todo prazeroso em cima do animal. Tenha vergonha !"
Diante disto, o menino desceu e desta vez o velho não subiu. Ambos resolveram caminhar, puxando o burro.
Já acreditavam ter encontrado a fórmula mais correta quando passaram em frente a um bar. Alguns homens que ali estavam começaram a dar gargalhadas, fazendo chacota da cena; " São mesmo uns idiotas ! Ficam andando a pé, enquanto puxam um animal tão jovem e forte !"
O avô e o neto olharam um para o outro, como que tentando encontrar a maneira correta de agir.
Então ambos pegaram o burro e o carregaram nas costas !!!

LIÇÃO DE VIDA
Além de divertido, este conto mostra que não podemos dedicar atenção irracional para as críticas, pois estas acontecerão sempre, independente da maneira em que procurarmos agir.

domingo, 18 de setembro de 2011

Vaso Rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade. 
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações.  Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.  
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:  
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas. 
- Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. 
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.  
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: 
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.
Autor desconhecido

sábado, 17 de setembro de 2011

BAÚ MÁGICO!

A estreia do Grupo Baú Mágico foi hoje na Festa da família no Colegio Coração de Jesus (CCJ) as 10 horas da manhã. Márcia e eu animamos os pais e as crianças da pré- escola veja o resultado nas fotos abaixo! E fica ai o convite quem precisa de uma dupla dinamicâ para animar seus eventos pode nos chama e iremos correndo sem atrasar...Coisas Boas guardamos pra você! Contados na página Báu Mágico.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Escutatório


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto... (O amor que acende a lua, pág. 65.)


Comentario: Diante de gigante falando nem preciso falar mais nada, deixou para vocês ler e refletir.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Lavrador e a árvore

O Lavrador já estava farto daquela árvore que não dava frutos e apenas servia para refúgio de pardais e cigarras, que todo o dia cantavam e não faziam absolutamente nada.
Um dia, decidido a tornar a sua quinta mais produtiva, foi direto à árvore para a cortar.
Os pardais, as cigarras e outros animais que vadiavam por aqueles lados, suplicaram-lhe que não abatesse a sua casa. Que a partir dali eles cantariam para alegrar a vida de todos, Que a árvore era bonita, que merecia viver...
Sem fazer o menor caso, o lavrador deu fortes machadadas sobre a árvore até a abater definitivamente. Qual não foi o seu espanto quando o velho tronco caiu e saiu do seu interior um enxame de abelhas deixando lá belos favos de mel. Uma das abelhas, zangada com o lavrador, vingou-se picando-o na mão que tinha cortado o tronco da árvore.
O lavrador, ao comprovar a ótima qualidade do mel, lamentou-se por ter acabado com a vida daquela árvore que albergava no seu interior um néctar tão delicioso.

*Comentário: Como somos pequenos de sentimentos! As pessoas só nos tem valor se aparentemente nos agradar, se não, cortamos ela de nossas vida sem pensar e nem se importar com tudo que ela representa para as outras pessoas em nossa volta. Isso e frequente em nosso mundo de hoje, cada dia que passa menos queremos saber do valor interior da pessoa e tudo que nos servi e o que ela tem para oferecer no físico. E se não tem perdemos a beleza que ela esconde no interior. Tem uma frase que diz "Se não sabe amar o meu pior e porque não merece o meu melhor" Amor é amor e não tem aparença para o amor só tem aceitação e acolhimento. Como estamos precisando amar mais e ouvir mas!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O Pastor e as cabras

Um pastor levou as suas cabras  a pastar em bons prados. Mas sobreveio uma grande tempestade. O pastor viu-se então obrigado a guardar as suas cabras numa gruta próxima. Juntaram-se a elas algumas cabras montesas que por ali pastavam.
O pastor deu de comer a todas. Enquanto deu ás suas cabras um punhado de forragem, ás cabras montesas dobrou-lhes a ração. O espertalhão pensava que assim as conquistaria.
Passado o temporal foram todas para o campo mas as cabras montesas fugiram para a montanha.
O pastor, frustrado e furioso, acusou-as de ingratidão por terem abandonado depois de as ter tratado com tanta predileção. Elas responderam-lhe: - Temos mais do que razão para desconfiar de ti, porque se nós, recém-chegadas, nos tratas melhor que as tuas cabras, quer dizer que nos desprezarias quando viessem outras.
Adaptação: Esopo

*Comentário: Sabe lendo esta história percebemos que quando colocamos o coração em primeiro lugar, não precisamos teme nada, veja este pastor ele cuido bem porque pensava nele não nas cabras. E quantas vezes fazemos isso por interesse proprio e não por amor. Isso e feio.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Menina do Leite


A menina não cabia em si de felicidade. Pela primeira vez iria à cidade vender o leite de sua vaquinha. Trajando o seu melhor vestido, ela partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça.
Enquanto caminhava, o leite chacoalhava dentro da lata.
E os pensamentos faziam o mesmo dentro da sua cabeça.
"Vou vender o leite e comprar uma dúzia de ovos."
"Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos."
"Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas."
"Vendo os galos e crio as frangas, que são ótimas botadeiras de ovos."
"Choco os ovos e terei mais galos e galinhas."
"Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas."
"Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ..."
A menina estava tão distraída que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo.
Lá se foi o leite branquinho pelo chão.
E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.
Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.

*Comentário da História: Bem a moral de que escreveu esta acima porém ainda acho que sonha não e pecado, e nem custa nada, precisamos sim planejar a vida, e logico que com muito cuidado para cuidarmos daquilo que já temos em mão. Acho que o erro da menina foi não ir com cuidado com o leite sabendo a estrada que estava, mas o sonho dela estava perfeitamente normal para quem deseja crescer e acho que hoje precisamos desperta muito em nossas crianças o sonho eles são escada para um futuro melhor.